A Mesopotâmia é uma região histórica do Oriente Médio (Ásia), incluída no Iraque e banhada pelos rios: Tigre e Eufrates. A palavra mesopotâmia, em grego, significa região entre rios. Estendendo-se desde o Deserto da Síria, até as margens do Golfo Pérsico.
Essa rica planície atraiu uma série de povos, que se encontraram e se misturaram, empreenderam guerra e dominaram uns aos outros, formando o que denominamos "civilização mesopotâmica". Entre esses povos temos:
Os Sumérios
Os Babilônicos
Os Assírios
Os Caldeus
A escrita
A invenção da escrita é atribuída aos Sumérios.
Eles escreviam na argila mole com o auxílio de pontas de vime. O traço deixado por essas pontas tem a forma de cunha (V), daí o nome de " escrita cuneiforme" .
Com cilindros de barro, os mesopotâmicos faziam seus contratos , enquanto no Egito se usava o papiro.
Em 1986, foi descoberta por arqueólogos, perto de Bagdá, Capital do Iraque, uma das mais antigas bibliotecas do mundo, datada do século X - A.C..
A biblioteca continha cerca de 150.000 tijolos de argila com inscrições sumerianas. A literatura caracterizava-se pelos poemas religiosos e de aventura.
A arquitetura
O edifício característico da arquitetura mesopotâmica é o zigurate.
Era uma construção em forma de torre, composta de sucessivos terraços (sete ) e encimada por um pequeno templo, que era usado para observar o céu.
Nas obras arquitetônicas os mesopotâmicos usavam tijolos cozidos (pois a pedra era muito cara) e ladrilhos esmaltados. Preferiam construir palácios. As habitações de escravos e homens de condições mais humildes eram às vezes, simples cubos de tijolos crus, revestidos de barro. O telhado era plano e feito com troncos de palmeira e argila comprimida. As casas simples não tinham janelas e à noite eram iluminadas por lampiões de óleo de gergelim.
Esquema de uma cidade na Mesopotâmia
A pintura
Na pintura os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses.
tinha ausência das três dimensões, onde ignoravam a profundidade.
Nos baixos relevos, o uso de conchas, mosaicos vitrificados e madrepérolas se sobressaiam nas colunas e muros.
Na música encontram-se instrumentos gravados em pedras e do seu sistema musical nada chegou até nós.
Na decoração a pedra era esculpida em frisos com motivos circulares e as combinações decorativas obtidas com suas disposições variadas, descendem dos motivos antigos e bizantinos. O gesso entalhado e o estuque, cujo emprego foi amplamente utilizado na Pérsia para revestir as paredes.
A madeira era esculpida e com um sistema de marchetaria encontravam-se nsa portas e sarcófagos.
Na cerâmica os jarros de bronze eram criados com relevos ora lavrados, ora rendilhados com frisos e medalhões em azuis-lazurita, verdes-turquesa, ouro, cinábrios, granadas e rubis.
O vidro era esmaltado, moldado e entalhado na cor vermelha e dourado sobre fundo claro.
O bronze e o cobre e às vezes o ouro eram muito usados nos utensílios ou para simples enfeite para portas.
Na religião os deuses deram destaques:
Anou - deus do Céu
Enki – deus da Terra
Nin-ur-sag – deus da Montanha
Assur – deus Supremo
A relação com os deuses era marcada pela total submissão às suas vontades.
A escultura
As primeiras esculturas encontradas na Mesopotâmia datam de 5000 aC e são em sua maioria figuras que lembram muito as vênus pré-históricas.
No milênio seguinte reflete-se uma estilização das formas tendentes ao naturalismo e são encontradas peças de mármore, tais como bustos, estelas comemorativas e relevos.
As principais estátuas da região da mesopotâmia representam homens em pé, e são chamadas de "oradores", onde destacam-se a face e principalmente os olhos. No entanto, os relevos foram a principal expressão artística da região, não só pelas características artísticas, mas para a compreensão da história e da religiosidade dos povos.
Os escultores representavam o corpo humano de forma rígida, sem expressão de movimento e sem detalhes anatômicos.
Pés, mãos e braços ficavam colados ao corpo, coberto com longos mantos; os olhos eram completados com esmalte brilhante.
As estátuas conservavam sempre uma postura estática ante a grandiosidade dos deuses.
As figuras esculpidas em baixo-relevo se caracterizavam por um grande realismo.
Guennol Lioness(Leoa de Guennol), uma figura de calcário de 8,3
centímetros de altura esculpida há 5 mil anos na Mesopotâmia.
Ourivesaria
Na Mesopotâmia a ourivesaria era uma das atividades artísticas mais importantes.
Estatuetas de cobre, colares e braceletes,
assim como utensílios trabalhados em ouro e prata com incrustações de pedras eram muito comuns, e com estilos variados dada a diversidade de povos que ocupou a região.
as jóias era usadas livremente por homens e mulheres,
o uso do ouro era comum e também as pedras como a cornalina e o lápis lazuli.
Usavam muito a fitas para o cabelo feito de folhas de ouro fino,
tornozeleiras, anéis de cabelo de prata, pingentes,
medalha de ouro com a elaboração de filigrana, anéis, selos cilíndricos e amuletos.
brincos (600 aC)
brincos
Colar de ouro mesopotâmico produzido entre os séculos 17 e 16 a.C.
Divindade mesopotâmica.
I milênio a.C.
I milênio a.C.
Capacete de guerreiro em forma de peruca.
As fechaduras e cachos são martelados em relevo.
Cerca de 2450 a.C.; Museu do Iraque, Bagdá.
As fechaduras e cachos são martelados em relevo.
Cerca de 2450 a.C.; Museu do Iraque, Bagdá.
Música e Dança
A música na Mesopotâmia, principalmente entre os babilônicos, estava ligada à religião.
Recriação eletrônica da música na Babilônia
Quando os fiéis estavam reunidos, cantavam hinos em louvor dos deuses, com acompanhamento de música. Esses hinos começavam muitas vezes, pelas expressões:
" Glória, louvor tal deus; quero cantar os louvores de tal deus",
seguindo a enumeração de suas qualidades, de socorro que dele pode esperar o fiel.
" Glória, louvor tal deus; quero cantar os louvores de tal deus",
seguindo a enumeração de suas qualidades, de socorro que dele pode esperar o fiel.
Nas cerimônias de penitência, os hinos eram de lamentação:
"aí de nós", exclamavam eles, relembrando os sofrimentos de tal ou qual deus ou apiedando-se das desditas que desabam sobre a cidade.
Instrumentos sem dúvida de sons surdos, acompanhavam essa recitação e no corpo desses salmos, vê-se o texto interromper-se e as onomatopéias "ua", "ui", "ua", sucederem-se em toda uma linha.
A massa dos fiéis devia interromper a recitação e não retomá-la senão quando todos, em coro tivessem gemido bastante.
"aí de nós", exclamavam eles, relembrando os sofrimentos de tal ou qual deus ou apiedando-se das desditas que desabam sobre a cidade.
Instrumentos sem dúvida de sons surdos, acompanhavam essa recitação e no corpo desses salmos, vê-se o texto interromper-se e as onomatopéias "ua", "ui", "ua", sucederem-se em toda uma linha.
A massa dos fiéis devia interromper a recitação e não retomá-la senão quando todos, em coro tivessem gemido bastante.
A procissão, finalmente, muitas vezes acompanhava as cerimônias religiosas e mesmo as cerimônias civis.
Sobre um baixo-relevo assírio do British Museum que representa a tomada da cidade de Madaktu em Elam, a população sai da cidade e se apresenta diante do vencedor, precedida de música, enquanto as mulheres do cortejo batem palmas à oriental para compassar a marcha.
Sobre um baixo-relevo assírio do British Museum que representa a tomada da cidade de Madaktu em Elam, a população sai da cidade e se apresenta diante do vencedor, precedida de música, enquanto as mulheres do cortejo batem palmas à oriental para compassar a marcha.
O canto também tinha ligações com a magia.
Há cantos a favor ou contra um nascimento feliz, cantos de amor, de ódio, de guerra, cantos de caça, de evocação dos mortos, cantos para favorecer, entre os viajantes, o estado de transe.
A dança, que é o gesto, o ato reforçado, se apóia em magia sobre leis da semelhança.
Ela é mímica, aplica-se a todas as coisas:
há danças para fazer chover, para guerra, de caça, de amor etc
Ela é mímica, aplica-se a todas as coisas:
há danças para fazer chover, para guerra, de caça, de amor etc
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Danças rituais têm sido representadas em monumentos da Ásia Ocidental, Suméria.
Em Thecheme-Ali, perto de Teerã; em Tepe-Sialk, perto de Kashan; em Tepe-Mussian, região de Susa, cacos arcaicos reproduzem filas de mulheres nuas, dando-se as mãos, cabelos ao vento, executando uma dança.
Em cilindros-sinetes vêem-se danças no curso dos festins sagrados (tumbas reais de Ur).
Em Thecheme-Ali, perto de Teerã; em Tepe-Sialk, perto de Kashan; em Tepe-Mussian, região de Susa, cacos arcaicos reproduzem filas de mulheres nuas, dando-se as mãos, cabelos ao vento, executando uma dança.
Em cilindros-sinetes vêem-se danças no curso dos festins sagrados (tumbas reais de Ur).
Em casos de possessão os serviços religiosos contavam com dançarinos, atores e músicos.
1 comentários:
você salvou minha vida, Deus lhe guarde
#PartiuProva
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