16 de outubro de 2009

FUNÇÕES DA ARTE

Postado por célia ferrer às 10:50:00


ESTÉTICA E CRÍTICA




Você já parou para pensar porque se transforma barro em objetos, pinta-se um pedaço de tecido com tintas extraídas da natureza ou ainda requebra-se o corpo?

Andando pelas ruas de sua cidade, você passa por uma praça e vê uma escultura, em um edifício vê um mural de azulejos ou de pintura, em uma igreja vê um mosaico ou um vitral colorido. Se você é observador, sensível, com certeza gosta de ficar olhando para tudo isso.

Essas formas, diferentemente dos objetos utilitários que se usa no dia-a-dia, têm função de encantar, de provocar a reflexão e admiração, de proporcionar prazer e emoção. Essas sensações são despertadas por um conjunto de elementos: a imaginação do artista, a composição, a cor, a textura, a forma, a harmonia e a qualidade da idéia.

Observamos então, que, a Arte tem diversas funções na vida do homem.

Uma das funções tem como finalidade possibilitar os processos de percepção, sensibilidade, cognição, expressão e criação fazendo que o homem se desenvolva em todos os aspectos, ela é uma função individual trabalhando com o próprio eu.

Como função social podemos perceber a arte como uma linguagem que ultrapassa a função da comunicação simples e pura, pois transmite idéias, os sentimentos e as informações que transformam as idéias, os sentimentos e as informações já existentes influenciando culturalmente o meio fazendo assim uma interação homem e sociedade.

Existe também a função ambiental cuja alfabetização estética, leva o homem a observar o meio que o cerca, reconhecendo a organização de suas formas, luzes e cores, suas harmonias e desequilíbrios, a sua estrutura natural, bem como a construída. O homem transforma a natureza com o seu trabalho.

Arte é matéria transformada, concreta, ocupa lugar no espaço.

Assim as manifestações artísticas de uma sociedade numa determinada época é a maneira como os homens nela vivem e pensam. Na roupa, nos edifícios, na literatura, estão inscritos os valores da sociedade, seus hábitos e sua mentalidade. Sendo a arte a passagem direta de uma tendência nascida de uma raça, modificados pelo clima social e pelo momento histórico, a sua função é manifestar as qualidades étnicas e psíquicas dos povos e condensar os aspectos significativos das etapas da evolução da humanidade.

Em muitas sociedades, a arte é utilizada como forma de homenagear os deuses, ou seja, está ligada à religião. Observe como as igrejas, os templos e os túmulos são locais em que a arte se manifesta em todos os tempos. Indumentárias, objetos que são usados em rituais, instrumentos musicais, adereços, imagens, completam os cenários das cerimônias religiosas.

Em outras culturas e épocas, a arte surge, independentemente de religião, unicamente como forma de expressão para quem produz, e como oportunidade de experiência especial para quem aprecia. Qualquer que seja sua direção, a arte está em toda parte e é um elemento definidor da identidade de um povo, de um grupo social e de um indivíduo.






ATIVIDADE


Represente em linguagem visual a música abaixo:

“Lindo Balão Mágico”

Guilherme Arantes

Eu vivo sempre no mundo da lua

Porque sou um cientista o meu papo é futurista é lunático

Eu vivo sempre no mundo da lua

Tenho alma de artista sou um gênio sonhador e romântico

Eu vivo sempre no mundo da lua

Porque sou aventureiro e desde o meu primeiro passo no infinito

Eu vivo sempre no mundo da lua

Porque sou inteligente e se você quer vir com a gente venha que será um barato

Pegar carona nessa cauda de cometa, ver a via Láctea estrada tão bonita

Brincar de esconde,esconde numa nebulosa

Voltar pra casa nosso lindo balão azul.


Estética



Será que vale a pena mesmo iniciar essa discussão e retomar esse debate que tem ocupado filósofos e historiadores desde a Antiguidade?

Há algo de novo a dizer sobre isto? Nós acreditamos que sim, afinal vivemos numa época em que as questões de estética -da natureza e dos valores do belo- estão na ordem do dia. Habitamos um mundo que vem trocando sua paisagem natural por um cenário criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas, produtos, informações e principalmente imagens. E, se temos que conviver diariamente com essa produção infinita, melhor será aprendermos a avaliar essa paisagem, sua função, sua forma e seu conteúdo, o que exige

o uso de nossa sensibilidade estética. Só assim poderemos deixar de ser observadores passivos para nos tornarmos espectadores críticos, participantes e exigentes.

Além disso, as atividades profissionais da atualidade exigem cada vez mais um certo conhecimento geral do mundo e uma sensibilidade aguçada para entendê-lo. O campo das Artes se abre e invade o espaço das mais diversas atividades.

Para se ter uma idéia da amplitute das novidades que as questões de arte enfrentam hoje, é preciso mencionar que as novas teorias psicológicas sobre a inteligência humana mostram que ela é muito mais complexa do que se pensava. Além da capacidade de raciocínio lógico que sempre caracterizou nossa inteligência, descobriu-se também que uma de nossas habilidades inteligentes pode ser medida pela sensibilidade em relação ás cores, aos sons e as imagens e pela capacidade de nos expressarmos por meio desses elementos.

Mesmo com certas limitações, o homem é o único ser na terra que tem capacidade estética e daí se infere que a apreciação da beleza é uma experiência somente humana. A natureza em si mesma não é nem feia nem bonita. Ela apenas existe. O homem quando contempla uma paisagem, uma planta, uma flor ou uma aurora admira sua organização, sua exatidão, as leis que a regem, de acordo com sua evolução intelectual e a elas, de certa maneira, se incorpora. Esta inserção é o que chamamos de estética.

O prazer que produz a contemplação das coisas naturais é a “emoção” estética. Podemos combinar ou reunir coisas naturais, criando uma obra artística, mas o belo nessa composição é fruto de nossa participação.

O que caracteriza a Estética não é simplesmente o estudo do Belo. Os filósofos antigos trataram do assunto, empregando a noção de Beleza. Mais próxima do sentimento do que da razão a visão interior constitui, para Addison (1672-1719), uma faculdade inata, específica, que é privilégio da espécie e que permite ao homem deleitar-se com o reconhecimento do belo.

Mas o que é então, o Belo?

É uma sensação de prazer ao olharmos um objeto, uma tela, ao ouvirmos uma música, ou uma cena teatral nos desperta esse tipo de emoção que podemos denominá-la de manifestação artística.

O prazer do belo depende também de nosso estado de espírito. Se estamos alegres, ficamos mais sensíveis ás obras de arte que nos transmitem alegria. Se, ao contrário, estamos tristes, nos emocionamos mais com as músicas ou imagens que parecem estar sintonizadas conosco, reproduzindo nosso humor ou nossas emoções.

A beleza não é um valor universal, o que é belo para você pode não ser para o outro, de outra idade, outra cultura, outro sexo ou outro temperamento. Aquilo que o emociona num determinado dia, pode não parecer tão belo alguns dias depois, quando você estiver com outro estado de espírito, ou tiver visto ou ouvido outras coisas.

A melhor maneira de se apreciar a arte, é estar atento para o prazer que ela dá e tentar perceber o que o causa e de onde vem esse prazer. Tornamo-nos então conscientes da beleza e daquilo com o que nos identificamos cultural e emocionalmente, isto é, tornamo-nos conscientes do nosso gosto.

A própria História da Arte, procurando definir os diversos movimentos estéticos , tem posto em evidência a variabilidade dos princípios estéticos e das tendências dos artistas de uma época para outra.

É preciso, portanto, que o público se deixe emocionar e aprenda a distinguir o que aprecia e por quê. Além disso, se compreendermos que cada um tem sua sensibilidade, não ficaremos escandalizados com as preferências do outro e aprenderemos a respeitar os gostos que são diferentes.



ATIVIDADE

Dê uma definição de Estética




Crítica de Arte



Em jornalismo, crítica é uma função de comentário sobre determinado tema, geralmente da esfera artística ou cultural, com o propósito de informar o leitor sob uma perspectiva não só descritiva, mas também de avaliação.

A crítica é feita pelo crítico, jornalista ou profissional especializado da área, que entra em contato com o produto a ser criticado e redige matérias ou artigos apresentando uma valoração do objeto analisado. Em geral, o crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjetiva, mas também deve apresentar descrição de aspectos objetivos que dêem sustentação a seus argumentos.

Críticos costumam encerrar suas matérias atribuindo notas ou conceitos (como estrelas, pontos ou bonequinhos) ao produto criticado.

Normalmente, empresas que produzem ou comercializam esses produtos oferecem-nos gratuitamente ao crítico e o convidam a escrever comentários e matérias sobre os mesmos. Não é raro, porém, que estas companhias tentem cooptar o crítico para obter avaliações positivas, às vezes ofertando presentes e outras barganhas ao jornalista, o que envolve uma questão ética por parte dos profissionais envolvidos.

O tipo mais comum de crítica é a Crítica Cultural, embora a rigor haja também críticas a todo tipo de produto ou serviço disponibilizado ao público. De acordo com sua credibilidade e com o grau de fervorosidade com que elogiam ou depreciam uma obra, críticos podem alavancar ou destruir carreiras de muitos profissionais.

Extraídas do “Citador!, uma pequena seleção de citações sobre Crítica de Arte.

Pensar antes de falar é o lema do crítico. Falar antes de pensar é o lema do criador
Fonte: “Two Cheers for Democracy”
Autor: Forster,Edward

Um crítico é alguém que conhece a Estrada mas não sabe conduzir
Autor:Tynan,Katherine

Os críticos freqüentemente são pessoas que teriam sido poetas, historiadores, biógrafos, etc., se tivessem podido: colocaram o seu talento à prova aqui e ali e não conseguiram. Sendo assim, tornaram-se críticos
Fonte: “Lectures on Shakespeare and Milton”
Autor: Coleridge, Samuel

Será mais fácil criticar a minha obra do que imitá-la
Fonte: “citado em Plínio, o Velho - História Natural”
Autor:Zéuxis

De todos os ressentimentos, creio que o maior seja aquele de um homem que saiba fazer a sua arte com perfeição e seja censurado e avaliado por quem não sabe absolutamente nada
Fonte: “ L’Osservatore Veneto
Autor: Gozzi, Gaspar


A crítica de arte foi se desenvolvendo enquanto os homens aprendiam a explorar e a utilizar a sua percepção estética, que esteve sempre relacionada de alguma maneira a julgamentos do tipo “gostei”, “não gostei”, “é belo”... Isso vale tanto para o julgamento subjetivo do público em geral como para a crítica profissional especializada.

Foi na Grécia, por volta do século III a.C., que surgiram os primeiros estudos sobre estética e arte, procurando orientar e educar artistas e público.

Era uma crítica de caráter filosófico, que buscava explicar a natureza do fazer artístico e ao mesmo tempo, estabelecer as regras da boa arte. A crítica de arte é importante por provocar uma convergência de gostos e critérios de apreciação artística, fazendo com que certos aspectos pessoais e subjetivos se tornem coletivos à medidas que passem a ser compartilhados.

Os comentários do outro sempre ajudam o desenvolvimento de nossa sensibilidade, chamando a atenção muitas vezes para elementos novos e diferentes, quer concordemos com eles ou não.

Cada crítico terá um julgamento particular de uma obra, é seu direito e dever de profissão, pois os critérios são diferentes, mas o verdadeiro crítico de arte saberá que a finalidade da arte é a beleza. Só ela agrada internacionalmente.

Lionello Venturi, estudioso de crítica de arte, afirma que “uma preferência é sempre o começo de uma crítica”. Essa preferência, essa atitude crítica, é justamente a expressão dos sentimentos que nos despertam a obra de arte, elemento indispensável da
fruição estética.




ATIVIDADE

Escolha duas obras de arte, uma que você goste muito e outra que você não goste. Analise-as e responda:
O que mais lhe chama a atenção em cada uma delas?
Por que?





1 comentários:

Deougo on 23 de fevereiro de 2015 às 19:40 disse...

Muito bom parabéns

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