13 de junho de 2015

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IMPRESSIONISMO

O SOL NAS CORES


Pode-se dizer que o Impressionismo  foi uma tendência da arte, principalmente francesa, que dominou o fim do século passado. Investido de um realismo mais objetivo, foi uma reação ao romantismo da época. De certa forma, preparou o caminho para futuras manifestações artísticas. Revelou nomes importantes como Manet, Monet, Renoir, Pissarro, Sisley, Edgar Degas, Boudin, Cézanne, Lautrec, Gauguin, Van Gogh, que foi um artista que transitou do impressionismo ao pós - impressionismo e expressionismo e outros, na área da pintura.
Os contatos entre o público e os pintores davam-se através dos Salons – o Salão dos Recusados foi muito utilizado para mostras coletivas dos impressionistas, e nele foi exposta a tela de Édouard Manet, o célebre O Almoço Campestre, que a muitos chocou e provocou aplausos de outros tantos. Para Manet, os objetos tinham somente valor pictórico. Depois de 1870, ele adota cores claras. Este artista pode ser considerado um precursor do Impressionismo, ao lado de Jongkind e Boudin.
O termo ‘Impressionismo’ foi criado por um crítico de arte, pelo pintor e escritor Louis Leroy, em 1874, ao comentar o quadro Impressão: Nascer do Sol, de Claude Monet. Definir este movimento não é fácil, mas o artista Eugéne Boudin o resumiu como um movimento que leva a pintura à pesquisa da luz total do espaço exterior.

Almoço campestre - Edouard Manet

Nascer do sol - Claude Monet 


O mais importante para os impressionistas são os efeitos visuais, a impressão imediata da imagem, a fixação desse instante único, pois o momento seguinte será certamente diferente. O prazer de pintar ao ar livre pode ser explicado pela importância dada ao fenômeno da luz. Os adeptos desta escola usavam cores vivas e puras, justapondo-as nas telas, visando obter os meios-tons desejados, dando sempre a impressão de captar a luz refletida em superfícies naturais. As formas desaparecem, não mais se percebem os contornos, permanecendo no quadro apenas borrões de tinta.

Noite Estrelada - Van Gogh 


The Seine At Asnieres, Renoir


Paul Cézanne expôs em 1874, na 1ª Mostra Impressionista, nas não pode ser considerado um típico adepto deste movimento. Suas obras-primas são as naturezas-mortas. Ele procurou fazer do Impressionismo, porém, algo sólido e duradouro, ao agregar em torno de si um importante grupo de artistas, os quais se tornariam famosos impressionistas. É também considerado um dos precursores do Cubismo.
O Impressionismo manifestou-se, além da pintura, igualmente na música puramente auditiva de Debussy, Ravel, entre outros; e na literatura, através de escritores da estirpe de Marcel Proust, Graça Aranha, Raul Pompéia, etc.
Na oitava e última exposição impressionista, os pintores Signac e Seurat apontam o caminho nascente do Neo-Impressionismo, e Gauguin e Vincent Van Gogh contribuem para o surgimento da chamada Arte Moderna, juntamente com Cézanne. Mas as obras produzidas pelos impressionistas se imortalizaram, e são até hoje preciosas pérolas na História da Arte.


Características do impressionismo nas artes plásticas:


- Ênfase nos temas da natureza, principalmente de paisagens;

- Uso de técnicas de pintura que valorização a ação da luz natural;

- Valorização da decomposição das cores;

- Pinceladas soltas buscando os movimentos da cena retratada;

- Uso de efeitos de sombras coloridas e luminosas.


Características do impressionismo na música:


- Composições que buscam retratar imagens;

- Títulos de peças que remetem a paisagens naturais;

- Melodias sensuais e etéreas.


 
 Claude Debussy: Prelúdio à Tarde de um Fauno


  Impressionismo no Brasil

             
No início do século XX, Eliseu Visconti foi sem dúvida o artista que melhor representou os postulados impressionistas no Brasil. Sobre o impressionismo de Visconti, diz Flávio de Aquino: "Visconti é, para nós, o precursor da arte dos nossos dias, o nosso mais legítimo representante de uma das mais importantes etapas da pintura contemporânea: o impressionismo. Trouxe-o da França ainda quente das discussões, vivo; transformou-o, ante o motivo brasileiro, perante a cor e a atmosfera luminosa do nosso País".O Impressionismo surgiria apenas tardia e precáriamente nas obras de alguns artistas.

No Brasil, ecos do impressionismo podem ser encontrados nas obras de Arthur Timótheo da Costa (1882 - 1922), Belmiro de Almeida (1858 - 1935), Almeida Júnior (1850 - 1899), Castagneto (1851 - 1900), Eliseu Visconti (1866 - 1944) eAntônio Parreiras (1860 - 1937) Henrique Campos Cavelleiro (1892-1975) Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970 ). entre outros. O clareamento da paleta, a atenção aos efeitos produzidos pelas diferentes atmosferas luminosas, a incorporação de temas simples e afastados da eloqüência acadêmica, o uso de pinceladas fragmentadas e descontínuas são incorporados aos poucos pelos artistas brasileiros. No entanto, o acanhamento do ambiente artístico, a resistência do público e das instituições às novas tendências estéticas e as limitações impostas pela Academia Imperial de Belas Artes - Aiba - no ensino por ela ministrado e nas orientações que imprime ao estudo de brasileiros no exterior - dificultam um diálogo mais fecundo entre as investigações introduzidas pelos impressionistas e a arte realizada pelos pintores nacionais, que muitas vezes não vão além de uma incorporação superficial das técnicas impressionistas, adaptando-as a um olhar ainda comprometido com os padrões acadêmicos.













http://www.infoescola.com
http://impressionismonobrasil.blogspot.com.br
http://www.suapesquisa.com
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SONHOS - AKIRA KUROSAWA

INVADINDO O MUNDO DO PINTOR

Quem é que nunca contemplou uma tela, dedicando a ela mais atenção do que o habitual? Sempre há aquela motivação inicial que é despertada pela composição em si mesma... Pode tratar-se de um retrato, uma natureza morta, algo abstrato, paisagens de uma natureza exuberante...
Quem nunca se aproximou o máximo que pôde para observar os menores detalhes? Aqueles que “denunciam” a pincelada do artista, sua singeleza ou rapidez e agressividade...
O “sonho” que mostra o artista entrando no quadro Van Gogh nos remete a essas e outras reflexões. Quando se trata de observar minuciosamente as pinceladas numa tela, as de Vincent são exemplares.
É só um sonho...
O rapaz “entra” na tela. Ele quer saber onde pode encontrar o artista... Fica sabendo que pode encontrá-lo depois da ponte... É lá mesmo que ele está... Deve tomar cuidado porque “Van Gogh acabara de sair do hospício”...
Isso pouco importa, o moço conhece a história daquele que procura, sabe que é solitário e que viveu dias de fome e de frio, e que teve entreveros com Gauguin. Mas ele sabe também que aqueles dias de “loucura” foram os de maior produção...
Van Gogh poderia ser encontrado em situações diversas... Mas é avistado trabalhando no campo, onde tudo inspira... Vive um estado eufórico, mas também se sente impotente porque, por mais que trabalhe (levando a locomotiva a altíssimas pressões), não conseguirá pintar tudo a que é “chamado a pintar”.
Onde está o artista senão presente em suas obras?
O sonhador segue seu devaneio atrás de Van Gogh percorrendo as paisagens que são os seus quadros... O vê à distância atravessando o campo de trigo... Na sequência os corvos... A última tela de Vincent... Muito bonito e significativo. O som da locomotiva... O ambiente da galeria de arte está de volta.


10_Cena_de_Sonhos_de_Akira_Kurosawa_com_Martin_Scorsese.jpg 

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